Pura Risada com o Mickey! N°1
Sinopse : Almanaque com histórias em quadrinhos, passatempos e atividades.
Positivo/Negativo
Depois de, nos últimos anos, lançar vários títulos Disney especiais para colecionadores e leitores saudosistas, a Abril aposta agora em uma linha mais infantil para os personagens tradicionais da turma de Patópolis.
Pura risada com o Mickey chega em formato americano, miolo em papel especial e o conceito de almanaque de diversão que mistura quadrinhos, passatempos e atividades diversas.
Certamente é um deleite para as crianças, mas os leitores adultos têm boas razões para gostar dessa edição de estreia.
A história de abertura, Mickey e a foca, a princípio despretensiosa, consegue resgatar o humor ingênuo dos clássicos desenhos animados protagonizados pelo camundongo e seu fiel cão Pluto. Aliás, há cenas que parecem ter sido, de fato, inspiradas nessas animações - como a divertida sequência em que o rato detetive, sem perceber, divide a banheira com um serelepe filhote de foca.
O único incômodo dessa aventura produzida na Itália é a arte exageradamente estilizada, mas isso não chega a comprometer os bons momentos que a leitura proporciona.
Mantendo o nível de boas tiradas, Os problemas do Pateta eleva à máxima potência a idiotice do melhor amigo do Mickey. Que o diga o pobre vendedor de uma loja de sapatos, ao chegar às raias da loucura depois de horas de tentativa de entender aquela figura aparvalhada - e de se fazer entendido por ela.
Mas Mickey contra Wurzack não tem a mesma pegada. Tenta ser uma das longas aventuras detetivescas do camundongo e até leva o leitor a crer nisso, mas as poucas páginas não foram suficientes para desenvolver mais e melhor uma trama que peca pelo anticlímax.
A edição traz ainda a interessante O safári fotográfico do Donald, uma "questória" (história em quadrinhos com passatempos que os leitores precisam resolver para entender alguns detalhes das cenas). Embora essa aventura curta não seja das piores, vale apenas como curiosidade.
A bola fora foi a ausência dos créditos nas quatro HQs. Duas delas não têm nem mesmo os códigos de origem.
Talvez isso tenha acontecido porque não parece ser o tipo de informação que o público infantil exige, mas é preciso lembrar que a revista, sem dúvida, também terá muitos leitores maduros em suas fileiras.
Por Marcus Ramone - http://www.universohq.com.br/
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