O Natal de 1999 foi o último em que os fãs de Snoppy e Charlie Brown puderam se deliciar com as tiras natalinas de Charles M. Schulz, publicadas na época em cerca de 2.600 jornais de mais de 75 países. Agora, dez anos após a morte do artista, e junto às comemorações do aniversário de 60 anos da turma, a Cosac Naify traz aos leitores brasileiros O Natal da Turma do Snoopy, uma seleção dos melhores cartuns sobre esta data criados por Schulz ao longo de cinco décadas.
Diferentemente dos outros dois títulos publicados pela editora, Snoopy Extraordinário e Snoopy - Primeiro de Abril, este lançamento traz tiras protagonizadas por todos os personagens Peanuts. Acompanhamos o esforço de Linus para vencer a timidez e participar do coral da escola, a desconfiança de Sally sobre a existência do Papai Noel, o inconformismo de Charlie Brown por não receber nenhum cartão de Natal, a troca de presentes inusitados entre Snoopy e Woodstock, o esforço de Patty Pimentinha para fazer a redação de férias, as críticas de Schroeder ao espírito comercial atribuído à data, além de tiras com personagens que perderam espaço ao longo dos anos, como Shermy e Patty.
Organizado em ordem cronológica, da década mais recente (1990) à mais antiga (1950), cada seção traz uma abertura que revela as transformações por que passou a sociedade: o surgimento da televisão, a moda Black Power, o trenzinho elétrico tão desejado na infância dos anos 1950. É interessante perceber, ainda, as mudanças no traço do artista, em mais de 230 tiras e trinta páginas dominicais.
O Natal da Turma do Snoopy tem 112 páginas, formato 22 x 29 cm e custa R$ 55,00.
Publicada pela primeira vez em 2 de outubro de 1950, Peanuts mostra, através de um grupo de crianças que tem por costume falar a verdade umas para as outras, a sociedade norte-americana pós-guerra em que Schulz cresceu. Nas histórias protagonizadas por Charlie Brown e sua turma estão retratados os sentimentos de insegurança, inadequação e melancolia que sempre acompanharam o cartunista e que são pertinentes a todos nós, seres humanos.
Publicada atualmente em mais de 2,6 mil jornais em todo o mundo, Peanuts é um caso único na história dos quadrinhos: as tiras continuaram a ser criadas ininterruptamente ao longo de 50 anos, sempre desenhadas por Schulz, que se recusava a trabalhar com colaboradores. Não por acaso, a última tira inédita foi publicada em 13 de fevereiro de 2000, um dia após sua morte.
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